sábado, 19 de agosto de 2017

Reino Fungi

O Reino Fungi inclui os cogumelos, mofos, orelhas de pau, liquens, entre outros organismos. A maioria dos fungos são pluricelulares, com o corpo constituído de hifas, mas há alguns unicelulares, cujo principal exemplo são as leveduras. Sua reprodução pode sersexuada ou assexuada. Já foram classificados no reino vegetal, por possuírem características semelhantes, no entanto diferem das plantas fundamentalmente por não apresentarem clorofila ou qualquer outro pigmento fotossintetizante, portanto são heterotróficos.
                     

Características gerais


Os fungos são basicamente compostos por um emaranhado de tubos, ramificados e envolvidos por uma parede de quitina (polissacarídeo também presente no exoesqueleto dos artrópodes). Esse emaranhado é chamado de micélio e os tubos que o compõem são as hifas.


As hifas são filamentos microscópicos onde está contido o material genético dos fungos. Podem ser de dois tipos: Cenocíticas quando não possuem paredes transversais, chamadas de septos, ficando os núcleos espalhados pelo citoplasma; ou Septadas, quando há delimitação de compartimentos celulares pelos septos, formando células com um (monocarioticas) ou dois núcleos (dicarioticas), Todavia, a compartimentação é incompleta porque os septos possuem poros que permite a comunicação entre células vizinhas.


Os fungos crescem sobre um substrato que pode ser um pão ou uma fruta podre, um tronco de madeira, ou até mesmo outro fungo. Nos organismos mais complexos o micélio forma um talo ou corpo de frutificação com forma bem definida que caracteriza as diferentes espécies. Quando vemos um cogumelo ou o mofo nos alimentos, vemos o talo, entretanto, no interior do substrato onde se encontra, já há uma imensa rede de hifas enraizada.

Os fungos são heterotróficos por absorção, ou seja, eles absorvem os nutrientes que são difundidos no interior de suas células. Para isso, utilizam enzimas que fazem a digestão das substâncias encontradas no ambiente.


Exemplos de Fungos


Dentre as espécies conhecidas muitas afetam a vida humana. Muitas são usadas na alimentação, como as quase 200 espécies de cogumelos comestíveis, sendo algumas delas largamente cultivadas, como o shitake (veja figura abaixo), o shimeji e o champignon. As levedurassão empregadas na fermentação de pães, bebidas alcoólicas, entre outros. Algumas espécies são aproveitadas na produção dos queijos roquefort (veja figura) e camembert. E há ainda os fungos utilizados pela indústria farmacêutica para a fabricação de antibióticos, são do gênero Penicillium.


O aspecto negativo dos fungos são as doenças causadas por eles, já que algumas espécies são parasitas. No ser humano, provocam micoses e candidíase, entre outras e nas plantas provocam doenças como a ferrugem do cafeeiro.

Candida albicans, fungo causador das candidíases

Reprodução Assexuada


Representação das leveduras realizando brotamento

Em fungos mais simples como a levedura a reprodução acontece porgemulação ou brotamento. São originados gêmulas ou brotos que podem se separar da célula original ou permanecer grudados formando cadeias de células.


Ciclo de vida de um fungo com esporulação

Em muitos fungos a reprodução é feita através dos esporos, que são células haploides (apenas um cromossomo). Os esporos liberados pelo fungo no ambiente, ao encontrar condições propícias germinam e originam um novo micélio, completando o ciclo assexuado. Essa forma de reprodução assexuada é chamada de esporulação.

Reprodução Sexuada


Fungos mais complexos fazem reprodução sexuada, que é dividida em fases. As hifas são monocarioticas e haploides, quando iniciam o processo reprodutivo se unem formando hifas dicarióticas com os núcleos organizados em pares, essa etapa se chama plasmogamia. Depois acontece a cariogamia​ na qual os pares de núcleos se fundem e formam núcleos diploides, logo em seguida se dividem por meiose originando esporos, que germinam e originam o micélio, completando o ciclo. Esses esporos são chamados "esporos sexuais" para diferenciar daqueles formados assexuadamente.

Associações Mutualísticas


Certas espécies de fungos fazem associações com outros organismos, em que ambos são beneficiados, sendo essa relação chamada de mutualismo.

Liquens

Quando os fungos (principalmente do grupo ascomiceto) se associam com espécies de algas ou cianobactérias formam os liquens. A associação é tão íntima que não conseguem viver separados, e permite que habitem locais onde poucos organismos conseguiriam como rochas duras.


Liquens sobre a árvore

Micorrizas

Quando associados às raízes de certas plantas, os fungos obtêm nutrientes como carboidratos e aminoácidos. As plantas, por sua vez, absorvem melhor os sais minerais do solo graças às hifas que envolvem suas raízes. Essa associação é chamada micorriza (palavra derivada do grego: mykos, significa fungo e rhizos é raiz).
Importância Ecológica

Importância Ecológica 

O Reino Fungi é um grupo com ampla distribuição no planeta e ainda pouco conhecido, já que se estima que haja 1,5 milhão de espécies, das quais menos de 100 mil estão classificadas e devidamente estudadas. Os fungos são muito importantes no equilíbrio dos ecossistemas pois participam da reciclagem da matéria orgânica, fazendo a decomposição das mesmas. Portanto, eles ocupam o último nível trófico nas cadeias alimentares, atuando como decompositores


Reino Protista
O Reino Protista é um dos reinos da natureza, caracterizado por uma organização celular do tipo eucarionte (com núcleo organizado), cujos representantes podem ser autótrofos (produzem seu alimento através da fotossíntese), ou heterótrofos (que não fazem fotossíntese), unicelulares ou pluricelulares. Os protistas compreendem os protozoários, as algas e os mixomicetos.

Protozoários

Giardia, um protozoário mastigóforo.

Os protozoários são seres unicelulares e eucariontes, com estrutura que garante seu funcionamento, realizando as mesmas tarefas básicas de um animal, como respiração, digestão, circulação, excreção, em alguns até uma primitiva coordenação.

Antigamente eram classificados no reino animal, por realizarem essas funções e serem heterótrofos, no entanto, por serem unicelulares, alguns taxonomistas criaram o reino protista para reunir esses filos de organismos mais simples.

Entenda mais sobre os reinos da natureza, leia também: Classificação dos Seres Vivos
Apresentam grande variedade de formas e ocupam ambientes úmidos (os que têm vida livre) ou o interior de outros organismos. Alguns são parasitas, causadores de doenças.
Os protozoários são divididos em quatro grupos, de acordo com as estruturas locomotoras que apresentam:

Sarcodinos – são as amebas que se locomovem por meio de pseudópodes. A Entamoeba coli, por exemplo, é um morador habitual do intestino grosso humano, onde obtém abrigo e alimento sem acarretar nem prejuízo nem benefício para seu hospedeiro. Enquanto a Entamoeba histolytica é parasita do intestino grosso do ser humano.

Mastigóforos – locomovem-se por meio de flagelos. Alguns são parasitas,ou seja, obtêm alimento a partir da associação com outros seres vivos. Exemplos são: a giardia que parasita o intestino delgado do ser humano e o Trypanosoma cruzi, que instala-se em tecidos humanos e de outros animais, como na musculatura do coração ou na parede do tubo digestivo.

Esporozoários – não possuem estrutura locomotora. São os plasmódios, como o causador da malária.

Ciliados - locomovem-se por meio de cílios. Exemplos são: Vorticella, Balantidium coli, mas o mais conhecido é o paramécio, de vida livre, como a maioria dos protozoários desse grupo que não são parasitas.


Algas


Espécie de alga verde.

As algas são organismos autótrofos, pois têm clorofila (além de outros pigmentos) e realizam fotossíntese. Já foram classificadas no reino vegetal, pela semelhança com as células vegetais, mas como são organismos mais simples e não possuem tecidos organizados, foram reagrupadas no reino protista.

São fundamentais na biosfera, pois constituem a base da cadeia alimentar aquática e realizam a maior parte da fotossíntese do planeta. Muitas são também utilizadas como alimento pelo ser humano, pois apresentam alto teor de proteínas, vitaminas e sais minerais. As mais abundantes são unicelulares, embora existam algas marinhas com mais de 30 metros de comprimento.

As algas são divididas em cinco grupos, de acordo com os pigmentosintracelulares:

Verdes (Clorofíceas) – presença de clorofilas A e B e carotenoides, reservas de amido, parede celular de celulose. Podem ser uni ou pluricelulares. Há espécies comestíveis.

Vermelhas (Rodofíceas) – presença de clorofila A e ficobilina, uni ou pluricelulares, filamentosas e fixadas a substratos, há espécies comestíveis. Certas algas vermelhas têm nas paredes de suas células, um material de consistência gelatinosa, denominado ágar, que é acrescentado a vários alimentos, como balas e doces. Tem ainda grande utilidade em técnicas laboratoriais, sendo empregado como componente de meios de cultura para microrganismos.

Pardas (Feofíceas) – presença de clorofilas A e C, carotenoides e fucoxantina, parede celular com um polissacarídio​, a algina, pluricelulares, há espécies comestíveis. ​O alginato, material preparado a partir da algina, é bastante empregado nafabricação de cosméticos, sorvetes e massa de modelagem utilizada na odontologia.

Douradas (Crisofíceas) – formas unicelulares isoladas ou coloniais. Importantes componentes do plâncton; incluem as diatomáceas, que contêm o diatomito. Formado por sílica, o diatomito apresenta consistência porosa, sendo empregado como componente de filtros; pulverizado, pode ser adicionado como abrasivo a polidores de metal e a cremes dentais.

Cor de fogo (Pirrofíceas) – unicelulares isoladas ou coloniais. Fazem parte do fitoplâncton e inclui também dinoflagelados, responsáveis pelas marés vermelhas.
Mixomicetos


Exemplo de mixomiceto

Mixomicetos são organismos que têm aspecto de fungo, e crescem nos solos ricos em nutrientes orgânicos, sendo comuns em bosques e florestas. Os mixomicetos não são parasitas, não produzem toxinas, nem são prejudiciais às plantas ou animais, mas quando surgem na água é um forte indício de algum desequilíbrio no ambiente, como excesso de matéria orgânica.


Existem muitas controvérsias sobre esse grupo, que foi durante muito tempo classificado no reino fungi por sua semelhança externa com aqueles organismos. Os dados ainda não são conclusivos, alguns classificam no reino protista, enquanto outros consideram que deveriam compor um reino à parte.


Reprodução das bactérias 



Cianobactérias 


sábado, 12 de agosto de 2017

Conhecendo As Bactérias
reino monera foi criado para agrupar somente os organismos procariontes (lembre-se de que eles não têm membrana nuclear). Os únicos procariontes são as bactérias.
As maiorias das bactérias não possuem clorofila, sendo heterótrofas: essas seriam as mais parecidas com os primeiros seres vivos.
Algumas bactérias que não possuem clorofila são autótrofas. Elas conseguem produzir alimento utilizando a energia liberada por algumas reações químicas, ao invés de utilizarem a energia da luz. Portanto, elas não fazem a fotossíntese: o fenômeno de produção de matéria orgânica realizada por elas é chamado de quimiossíntese. Você estudará esse processo em breve.
As bactérias que possuem clorofila e que, portanto, fazem fotossíntese são chamadas de cianobactérias. Até pouco tempo, elas eram consideradas um tipo de alga e chamadas de algas cianofíceas ou algas azuis.
Bactérias – Nutrição
HeterótrofasAutótrofas – quimiossintetizantesFotossintetizantes (cianobactérias)

Com relação à respiração existem bactérias que só podem viver onde existem oxigênio: são aeróbias. Outras bactérias podem viver em ambientes com ou sem oxigênio, sendo chamadas de anaeróbias facultativas. Existem ainda bactérias que só conseguem viver na ausência de oxigênio: são anaeróbias obrigatórias.
Apesar de microscópicas as bactérias são muito estudadas, havendo inúmeras espécies identificadas. As diversas bactérias são classificadas de acordo com o formato da célula que constitui cada indivíduo.
Veja na figura a seguir:
Reino Monera
As formas das bactérias:
A – Cocos
B – Diplococos
C – Bacilios
D- Víbrões
– Estreptococos
– Estafilococos
G – Espiritos
Repare que as bactérias podem formar aglomerados, chamados de colônias. As cianobactérias também podem se apresentar sob a forma de colônias.
Importância das Bactérias
Muitas espécies de bactérias desempenham o papel de decompositores nas cadeias alimentares. Isso significa que elas conseguem desfazer a matéria orgânica morta, liberando para o ambiente moléculas simples (inorgânicas), que podem ser aproveitadas por outros seres vivos. Portanto, o processo de decomposição garante a reciclagem da matéria no planeta. Aprofundaremos este assunto no volume sobre ecologia.
A importância ecológica das bactérias não diz respeito somente à decomposição da matéria. Outros fenômenos ecológicos dos quais elas participam serão abordados mais tarde. Aos poucos você descobrirá que esses seres invisíveis não são só importantes: são essenciais para a existência da vida na Terra. Elas têm também usos industriais (fabricação de iogurtes, por exemplo), devido ao fato de realizarem processos bioquímicos que você estudará em breve.
As bactérias estão em todos os lugares: no ar, na água, nos objetos… e as maiorias delas não fazem nenhum mal. Até no corpo humano elas estão presentes. A superfície do seu corpo está repleta de bactérias; dentro dele também há bilhões delas. No seu intestino grosso, por exemplo, vivem bactérias essenciais ao bom funcionamento desse órgão.
Algumas Curiosidades
As bactérias podem ser “cultivadas” em laboratório. Para isso, costumam ser usadas placas circulares de vidro nas quais é colocado um material chamado meio de cultura, que é uma mistura de substâncias nutritivas das quais as bactérias se alimentam, podendo, então, se reproduzir e formar colônias. O meio de cultura é uma espécie de gelatina. A consistência gelatinosa se deve ao uso de uma substância chamada agar, extraída de certos vegetais (algas vermelhas, que você estudará na próxima unidade).
O objetivo de “criar” bactérias é poder estudá-las. Os estudos podem ter, por exemplo, finalidades médicas, pois algumas bactérias são patogênicas (causam doenças).
Se você estiver com uma infecção bacteriana pulmonar, por exemplo, e os remédios comuns não estiverem fazendo efeito, o médico poderá pedir que seja feita uma cultura para identificar a bactéria específica que está provocando o problema. Para isso, seria coletada um pouco da secreção produzida pelos seus pulmões (que, no caso do doente, é o catarro, que está cheio de bactérias) que seria usada para fazer a cultura. Depois que a colônia crescessem, o laboratório poderia identificar a bactéria e mandar o resultado do exame para o médico, que poderia receitar remédios mais eficientes. Esse é um exemplo de aplicação prática da técnica de cultura de bactérias.
Quando você coloca água oxigenada em um ferimento, o objetivo é matar alguns tipos de bactérias. Em contato com a região machucada, a água oxigenada libera gás oxigênio (por isso ela borbulha). Se houver bactérias anaeróbias obrigatórias (como as do tétano, que morrem em presença de oxigênio) no local do ferimento, elas morreram e o seu organismo não será contaminado por elas.
Vírus
Vírus são os únicos organismos acelulares da Terra atual.

Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus). A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso ou toxina. Atualmente é utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária, como ideias. O termo vírus de computador nasceu por analogia. A palavra vírion ou víron é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.
Das 1.739.600 espécies de seres vivos conhecidos, os vírus representam 3.600 espécies.

Ilustração do vírus HIV mostrando as proteínas do capsídeo responsáveis pela aderencia na célula hospedeira.
 
Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatóriosdo interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo vírusgeralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes(organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes (domínios bacteria e archaea).
Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucleico (seja DNA ou RNA, ou os dois) sempre envolto por uma cápsula proteica denominada capsídeo. As proteínas que compõe o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o ácido nucleico que ele envolve são denominados nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados apenas pelo núcleo capsídeo, outros no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.
Esquema do Vírus HIV

O envelope consiste principalmente em duas camadas de lipídios derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e em moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de vírus, imersas nas camadas de lipídios.
São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar. Geralmente, o grupo de células que um tipo de vírus infecta é bastante restrito. Existem vírus que infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófagos, os que infectam apenas fungos, denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados, respectivamente, vírus de plantas e vírus de animais.

 

Os vírus não são constituídos por células, embora dependam delas para a sua multiplicação. Alguns vírus possuem enzimas. Por exemplo o HIV tem a enzima Transcriptase reversa que faz com que o processo de Transcrição reversa seja realizado (formação de DNA a partir do RNA viral). Esse processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado retrotranscrição, o que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linguagem de DNA para RNA) e só depois a tradução. Estes últimos vírus são designados de adenovírus.
Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios: a falta de hialoplasma e ribossomos impede que eles tenham metabolismo próprio. Assim, para executar o seu ciclo de vida, o vírus precisa de um ambiente que tenha esses componentes. Esse ambiente precisa ser o interior de uma célula que, contendo ribossomos e outras substâncias, efetuará a síntese das proteínas dos vírus e, simultaneamente, permitirá que ocorra a multiplicação do material genético viral.
Em muitos casos os vírus modificam o metabolismo da célula que parasitam, podendo provocar a sua degeneração e morte. Para isso, é preciso que o vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à parede da célula e "injeta" o seu material genético ou então entra na célula por englobamento - por um processo que lembra a fagocitose, a célula "engole" o vírus e o introduz no seu interior.

Vírus, seres vivos ou não?
Vírus não têm qualquer atividade metabólica quando fora da célula hospedeira: eles não podem captar nutrientes, utilizar energia ou realizar qualquer atividade biossintética. Eles obviamente se reproduzem, mas diferentemente de células, que crescem, duplicam seu conteúdo para então dividir-se em duas células filhas, os vírus replicam-se através de uma estratégia completamente diferente: eles invadem células, o que causa a dissociação dos componentes da partícula viral; esses componentes então interagem com o aparato metabólico da célula hospedeira, subvertendo o metabolismo celular para a produção de mais vírus.
Há grande debate na comunidade científica sobre se os vírus devem ser considerados seres vivos ou não, e esse debate e primariamente um resultado de diferentes percepções sobre o que vem a ser vida, em outras palavras, a definição de vida. Aqueles que defendem a ideia que os vírus não são vivos argumentam que organismos vivos devem possuir características como a habilidade de importar nutrientes e energia do ambiente, devem ter metabolismo (um conjunto de reações químicas altamente inter-relacionadas através das quais os seres vivos constroem e mantêm seus corpos, crescem e performam inúmeras outras tarefas, como locomoção, reprodução, etc.); organismos vivos também fazem parte de uma linhagem contínua, sendo necessariamente originados de seres semelhantes e, através da reprodução, gerar outros seres semelhantes (descendência ou prole), etc.
Os vírus preenchem alguns desses critérios: são parte de linhagens contínuas, reproduzem-se e evoluem em resposta ao ambiente, através de variabilidade e seleção, como qualquer ser vivo. Porém, não têm metabolismo próprio, por isso deveriam ser considerados "partículas infecciosas", ao invés de seres vivos propriamente ditos. Muitos, porém, não concordam com essa perspectiva, e argumentam que uma vez que os vírus são capazes de reproduzir-se, são organismos vivos; eles dependem do maquinário metabólico da célula hospedeira, mas até aíi todos os seres vivos dependem de interações com outros seres vivos. Outros ainda levam em consideração a presença massiva de vírus em todos os reinos do mundo natural, sua origem - aparentemente tão antiga como a própria vida - sua importância na história natural de todos os outros organismos, etc. Conforme já mencionado, diferentes conceitos a respeito do que vem a ser vida formam o cerne dessa discussão. Definir vida tem sido sempre um grande problema, e já que qualquer definição provavelmente será evasiva ou arbitrária, dificultando assim uma definição exata a respeito dos vírus

Doenças humanas virais

No homem, inúmeras doenças são causadas por esses seres acelulares. Praticamente todos os tecidos e órgãos humanos são afetados por alguma infecção viral. Abaixo você encontra as viroses mais frequentes na nossa espécie. Valorize principalmente os mecanismos de transmissão e de prevenção. Note que a febre amarela e dengue são duas viroses que envolvem a transmissão por insetos (mosquito da espécie Aedes aegypti). Para a primeira, existe vacina. Duas viroses relatadas abaixo, AIDS e condiloma acuminado, são doenças sexualmente trasmissíveis (DSTs). A tabela também relaciona viroses comuns na infância, rubélola, caxumba, sarampo, poliomelite - para as quais exiestem vacinas.
Algumas das principais viroses que acometem os seres humanos:





Prevenção e tratamento de doenças virais
Devido ao uso da maquinaria das células do hospedeiro, os vírus tornam-se difíceis de matar. As mais eficientes soluções médicas para as doenças virais são, até agora, as vacinas para prevenir as infecções, e drogas que tratam os sintomas das infecções virais. Os pacientes frequentemente pedem antibióticos, que são inúteis contra os vírus, e seu abuso contra infecções virais é uma das causas de resistência antibiótica em bactérias. Diz-se, às vezes, que a ação prudente é começar com um tratamento de antibióticos enquanto espera-se pelos resultados dos exames para determinar se os sintomas dos pacientes são causados por uma infecção por vírus ou bactérias.



Bacteriófagos

Os bacteriófagos podem ser vírus de DNA ou de RNA que infectam somente organismos procariotos. São formados apenas pelo nucleocapsídeo, não existindo formas envelopadas. Os mais estudados são os que infectam a bactéria intestinal Escherichia coli, conhecida como fagos T. Estes são constituídos por uma cápsula protéica bastante complexa, que apresenta uma região denominada cabeça, com formato poligonal, envolvendo uma molécula de DNA, e uma região denominada cauda, com formato cilíndrico, contendo, em sua extremidade livre, fibras protéicas.
A reprodução ou replicação dos bacteriófagos, assim como os demais vírus, ocorre somente no interior de uma célula hospedeira.
Existem basicamente dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. Esses dois ciclos iniciam com o fago T aderindo à superfície da célula bacteriana através das fibras protéicas da cauda. Esta contrai-se, impelindo a parte central, tubular, para dentro da célula, à semelhança, de uma microsseringa. O DNA do vírus é, então, injetado fora da célula a cápsula protéica vazia. A partir desse momento, começa a diferenciação entre ciclo lítico e ciclo lisogênico.
No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico(Ribossomo)da célula para fabricar sua proteína (Capsídeo).


No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes.

Sob determinadas condições, naturais e artificiais (tais como radiações ultravioleta, raios X ou certos agentes químicas), uma bactéria lisogênica pode transformar-se em não-lisogênica e iniciar o ciclo lítico.
Ciclo lítico
No ciclo lítico, o vírus se aproxima da célula e injeta o seu material genético. Esse material entra na célula e se multiplica com a ajuda das organelas da célula infectada. Daí, o DNA ou RNA do vírus vai caracterizar o tipo de infecção e doença. A célula infectada morre e libera os vírus que se formaram dentro dela e esses vírus vão infectar outras células.














  • O que é Taxonomia:

    Taxonomia é o estudo científico responsável por determinar a classificação sistemática de diferentes coisas em categorias.
    Na biologia, a taxonomia é o ramo responsável pela identificação e classificação de todos os animais e plantas que habitam a Terra, com base nas diferentes características que estes partilham entre si.
    A ideia de padronizar os seres vivos surgiu a partir dos trabalhos do botânico austríaco Carl von Linné (também conhecido por Carlos Lineu, em português).
    Linné foi o inventor da atual classificação dos seres vivos em diferentes grupos (conhecidos por taxons), de acordo com as suas semelhanças genéticas: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero Espécie.
    O grau de parentesco entre os seres vivos vai aumentando de acordo com a aproximação que possuem a partir do grupo “Reino” até a “Espécie”.
    O “pai da taxonomia moderna”, Carl von Linné (1707 – 1778), definiu algumas regras para que seja feita a classificação biológica, por exemplo, como o uso do latim como língua oficial para escrever as classificações (pelo fato de ser uma “língua morta” e que não sofrerá futuras modificações).
    Além disso, outra particularidade é a forma como o nome das espécies devem ser escritas para seres corretamente identificadas. O nome deve ser formado pelo Gênero e a Espécie a que pertence o ser vivo. Caso existam animais da mesma espécie, mas com características diferentes, são criadas subespécies para ajudar a diferenciá-los. 
    Exemplo: Homo sapiens sapiens (ser humano) e Homo sapiens neanderthalensis (homem de Neandertal) 
    Ressalta-se que o Gênero deve obrigatoriamente ser escrito com a primeira letra em maiúsculo e a espécie em minúsculo, mas ambos os termos devem ser grafados em itálico ou sublinhados, de acordo com a regra.
    Uma espécie é formada por um conjunto de indivíduos com as suas características particulares em comum e que conseguem se reproduzir entre si, criando uma prole fértil.
    Saiba mais sobre o significado da espécie Homo sapiens.
    Atualmente, os seres vivos são subdivididos em cinco Reinos que, a partir de então, vão se subdividindo em diferentes categorias, de acordo com a semelhança que possuem entre si.
    • Reino Monera: seres vivos unicelulares e procariontes – bactérias e cianobactérias;
    • Reino Protista: são os protozoários (unicelulares, eucariontes e procariontes) e as algas;
    • Reino Fungi: são os fungos;
    • Reino Plantae ou Metaphyta: são as plantas (eucariontes, pluricelulares, autótrofos e fotossintetizantes);
    • Reino Animalia ou Metazoa: são os animais (eucariontes, pluricelulares e heterótrofos).
    Aviso: os vírus não entram nesta classificação por não serem considerados seres vivos, pois não conseguem se reproduzir.